Contact Us

Use the form on the right to contact us.

You can edit the text in this area, and change where the contact form on the right submits to, by entering edit mode using the modes on the bottom right. 

Rua Álvaro Gomes, 89, 4º Esq
Porto
Portugal

+351916574834

Webmagazine and record label on underground house music & contemporary jazz. We're about music released by independent artists and labels.

Content

Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Hip Hop

sleepdealer: "homesick"

Francisco Espregueira

O beat-maker americano Sleepdealer lança o seu LP de debute, "Homesick". Um álbum intoxicante que coloca os ouvintes num perfeito mind-set de paz. São vinte e uma faixas. Curtas com momentos de jazz, bossanova e trip-hop. O hip hop segue nas drums, que complementam o conhecimento musical demonstrado em samples bem escolhidos.

27m38s, ou então 27.38 gramas, do melhor e mais puro sono profundo que poderão encontrar. Sleepdealer com "Homesick" abranda a vida.

mz boom bap & ryler smith: "wakilisha"

Francisco Espregueira

A entrada por "Wakilisha" a dentro é um momento de imperdível onda. A faixa homónima introduz o novíssimo trabalho com batidas de MZ Boom Bap e rimas de Ryler Smith, para além das faixas colaborativas com pessoal do bem e do hip hop. A conexão Portugal-Suiça segue com força em doze faixas de alta qualidade nos boom's, nos bap's e melodias que ecoam nas colunas ou headphones mais próximos. Afirmação comprovada no preview que vos deixo aqui em baixo.. 

MZ Boom Bap orquestra o álbum. Manipula o ambiente ora com faixas para disfrutar em solidão, ora para disfrutar em conjunto, ora para cerrar os dentes e sair por aí fora nas selvas urbanas. Depois do projeto a solo - mas muito bem acompanhado - "The Rawness", a colaboração com Ryler Smith - que chegou ao meu radar através da participação no álbum de Devaloop - é mais um trabalho com pés e cabeça. E em estilo.

Lançado pela conhecida loja Vynil Digital, "Wakilisha" tem pouco mais de uma semana de rodagem aqui no Sótão. Soa a algo completamente fresh com referências sonoras de outros tempos. Passado e futuro ao mesmo tempo. E há quem diga que o play aí em baixo é a cura comprovada para algumas doenças...

pete flux & parental

Francisco Espregueira

A colaboração transtlântica entre o MC americano Pete Flux e o produtor francês Parental tem sido frutuosa. Desde 2013 foram sendo publicadas faixas de alto quilate musical. Com sonoridades remanescentes da era dourada do hip hop, as batidas e raps estão longe de soar datadas. A produção de Parental mantém o sabor bruto dos anos 90, através das camadas de jazz que cobrem o boom bap da bateria, enquanto que nas rimas Pete Flux flui sobre o instrumental como uma frente de nuvens sobre as montanhas. 

Mas vamos à timeline discográfica, editada exclusivamente pela francesa Akromégalie Récords. 2013 é ano de "Right Here", uma espécie de preâmbulo do EP de estreia "Travelling Thoughts", lançado em 2014 - o projeto mais encorpado do duo, com colaborações escolhidas a dedo. Uma verdadeira sensação de honestidade e paixão é sentida ao longo de "Travelling Thought", talvez bem exemplificado em "True To Your Art (feat. Kalhex)".

Recentemente, no inicio deste ano, Flux de Atlanta e Parental de Paris, voltam a colaborar. O single "What They Need" será talvez um prenúncio de que o casamento entre os dois seguirá. Com juras de fidelidade ao jazz, ao boom bap e às palavras da consciência. Matrimónio que o Atlântico não abalará.

sicknessmp: "deep insomnia"

Francisco Espregueira

Sickness MP é novidade. Natural da Indonésia, irrompe forte por aqui e pelo underground das editoras europeias de hip hop. Tirando inspiração do Boom Bap dos 90's, lança "Deep Insomnia" especialmente dedicado às mentes inquietas. Ouvi-lo é viajar por samples marcantes da Golden Era do hip hop, matando um pouco das saudades que os aficionados deste género poderão sentir.

Para os que precisam de ser convencidos, segue o preview de "Deep Insomnia" mixado por Score34. Para os que foram seduzidos, o álbum por inteiro não desilude.

»»»»»»»»»»»

 

devaloop: "from the bits to the cosmos"

Francisco Espregueira

"From The Bits To The Cosmos" é o álbum de debut de Devaloop, carregado de colaborações multilingues do mais alto quilate, lançando inúmeros MC's desconhecidos. Editado pela produtora alemã Radio Juicy, o trabalho de Devaloop apresenta 16 artistas diferentes, explorando detalhadamente a cena hip hop/rap underground, que se vai passando em várias cidades espalhadas pelo mundo. 

Devaloop está como um maestro. Definindo através das suas produções, o cenário em que cada um dos seus colaboradores entra. Todas juntas, são 14 faixas com uma vibe relaxada e repleta de sons bem vintage, que nos trazem de volta à era d'ouro do hip hop. Destaque d'O Sótão para o poder "Ya No (feat. Emblema)" e a sua hook alucinante.

Ya no soy tu
Tu ya no eres mi
Ya no hay otros ya
Y ya no vivo allí

notas

Francisco Espregueira

Viajando atrás no tempo. Hip Hop d'ouro.

Pela mão de um dos produtores mais seguidos e mias influenciadores que pairam pelo Soundcloud. Com horas e horas de bpm's baixas, leva-nos pelos meandros daquilo que melhor foi feito no género por esses anos. Ntourage pega em "Paper Thin" de Bahamadia e dá-lhe o seu toque. De 1996 até 2017, são vinte um anos.

Há vinte e dois, em 1995, Milkbone explodia com "Keep It Real". Icónica a batida que suporta a atitude arrasadora no seu flow. Icónico o vídeo na neve de New Jersey. Eras douradas a preto e branco. "Because it's real. It's always real".

ivan ave: "every eye"

Francisco Espregueira

Ao longo de 2017 fomos recolhendo pequenas provas de "Every Eye". O segundo LP de Ivan Ave, depois de "Helping Hands", é uma das mais antecipadas obras do ano em território europeu. O título refere-se aos vários ângulos de visão - aqueles que nós escolhemos e aqueles que escolheram para nós. Ivan Ave vai falando disso durante o álbum, tipo tema recorrente no meio de produções brilhantes influenciadas pelo funk e pelo boogie proveniente dos US na década de 80'. Convite a embarcar numa viagem que vai muito mais além de "Every Eye"... pelo passado com olhos no futuro.

23319128_1763525477051158_146784720387914355_n.jpg

Ivan Ave e a sua crew correm sozinhos na pista. A simbiose de diferentes produtores  músicos presentes no álbum dá um toque absolutamente original a "Every Eye". Mndsgn e Fredfades (companheiro na editora de Oslo - Mutual Intentions) voltam a contribuir em força. Kaytranada colabora com o lendário Dâm-Funk numa faixa cheia de vapor... Kiefer entra com magia nas teclas, assim como o parceiro próximo Arthur Kay Piene. Dj Harrison & Sir Froderick... a trompete de Kristoffer Eikrem. As combinações são quase infinitas. Funk, boogie, jazz, soul e hip hop para dias e dias. Ivan Ave aventura-se para lá das rimas, cantando nos refrões em estilo próprio.

O álbum não segue um género fixo e paira com leveza em cima de qualquer característica que lhe queiramos apontar. Não falta a sabedoria de Ivan Ave, gravando o disco como se fosse o seu próprio livro de auto-ajuda, lidando com os mecanismos da mente, do coração e do mundo que vê (ou não vê). "Every Eye" segue sim um conceito consistente com o universo de ideias e palavras de Ivan Ave. Musicalmente dinstinto do antecessor "Helping Hands", mas pertencente a esse mesmo universo de criatividade.

E entrando por "Every Eye" vibra todo este Sótão no momento em que é soltado um «hey» e a batida de "Now You See Me" cai... O resto segue pelos trilhos do boogie e do funk, aos quais Ivan Ave adiciona quantidades infinitas de flow. Em "One Eye" ouve-se «one eye open and one eye drifting away». Em "Squint" «don't stare to hard now... all that noise in the corner of your eye». Olhos abertos.

now you see me
now you don’t

twit one: "hay luv"

Francisco Espregueira

Twit One é um dos principais nomes da conceituada escola alemã de hip hop instrumental. O sucessor do aclamado "The Sit-In" está aí. "Hay Luv" é o terceiro projeto individual do produtor e DJ de Colónia, com 15 faixas de pura qualidade instrumental. Algumas colaborações bem metidas introduzem o elemento da voz. Outras, sampladas, contam uma história ao longo da obra. 

 

Em conversa de ocasião com alguém da sua editora, Twit One define "Hay Luv" com simplicidade:

Olski: “Hey Twit, distributor and booking agency just called. They need informations about the album. What can we say?” 

Twit One: “Just tell em: Contains Cool Bap.” 

Olski: “Cool Bap? Sounds good, lets do this!” 

 

"Hay Luv" é álbum para coleccionadores. Cool Bap de altíssimo quilate... play.

children of zeus: "the story so far..."

Francisco Espregueira

A First Word Records estará concerteza cheia de orgulho em apresentar "The Story So Far...". Diretamente de cena musical de Manchester, os Children of Zeus regressam ao Sótão com um EP de qualidade nas ondas do hip hop e da soul music.

Os Children of Zeus iniciaram finalmente o processo de criar um álbum. Este EP é a compilação do que foi produzido por Konny Kon e Tyler Daley durante a última década, que os fez ganhar uma base de seguidores e que introduz o que se segue para quem ainda não os conhece. Contém novas faixas - muita onda em "Smoke With Me", poder em "Crown". As fan-favorites, como "Still Standing" e "No Strings Attached" seguem junto. Tudo compilado numa colecção de música hip hop e soul repleta de pureza.

O primeiro álbum, com novas, cairá algures por 2018. 
Esta colecção é o fim do primeiro capítulo. É o prólogo.
No tempo certo, esta é a história até agora. Em vinil e digital.

noname - "part 1"

Francisco Espregueira

Noname deixa um mimo e lança a primeira faixa depois da aclamada mixtape "Telefone". De novo seduzido pela menina que docilmente conta histórias como se tivesse uma caveira pousada na cabeça. Doce e crua.

Muito recomendável o play aí no vídeo e nas histórias contadas em "Telefone".

blu & exile: "in the beginning: before the heavens"

Francisco Espregueira

10 anos depois de "Below The Heavens" - um dos principais trabalhos dentro do movimento hip hop na última década - eis que Blu & Exile se reúnem para trabalhar naquilo que restou das sessões de 2007. O icónico duo regressa às prateleiras com "In The Beggining: Before The Heavens", com faixas que sobraram da produção do primeiro álbum. As 14 que se juntam são, nas palavras dos próprios, as melhores das melhores de um grupo de 40, que resultou dessas lendárias sessões. E já lá iam 5 anos desde o segundo álbum "Give Me My Flowers While I Can Still Smell Them".... com o tempo a voar mas a boa música presente sem prazo de validade no Sótão.

A 3ª obra de Blu & Exile é feita de crueza e autenticidade, fiel ao momento de criatividade de Blu & Exile, há dez anos atrás. Nas faixas poderemos escutar Blu já no topo da sua habilidade. Atitude underground, rejeitando estatutos de estrela ("Constellations"), rejeitando tempos de antena (“On the Radio”) ponderando sobre a sua existência a dado momento ("Sold The Soul"). Exile, entretanto, com batidas a lembrar as décadas de ouro do hip hop. Samples e scratches para balançar ritmadamente.

Conhecido aqui, em NYC e em Tokyo. Sem tretas comerciais, sem marketings, sem promoções. Respeitado ali, em Londres e em Cape Town. Com talento e por meio de talento. Só. Escutem e não se vendam.

nxworries - "best one (remix)"

Francisco Espregueira

I hope I never have to cut you off (Best love)

Diretamente para aqui, o remix de "Best One" dos NxWorries. Anderson Paak dá voz ao inconfundível estilo de produção de Knxwledge. O estatuto de lendários não oferece discussão.

O final do video clip de "Scared Money" é fascínio puro. Um court de basquetebol à beira-mar e o céu completamente azul. Paak e Knxwledge posam sem consideração pelos demais mortais.

Desde o momento em que vi esse snippet que espero por este remix. E hoje chegou, com a confirmação de que os NxWorries vão seguir a elevar a barra nos próximos tempos. Um álbum completo de reintrepretações do fantástico "Yes Lawd!" está para breve.

notas

Francisco Espregueira

"Rains Clear" de MANIKMC cresce à medida que os instrumentos vão entrando em cena... Primeiro, e com sotaque carregado, a voz; depois, no hook, vibram as paredes assim que o baixo entra. Fluidez. "Because that's the mantra that we live by, yeah... and that's energy that leaves us".

JGrrey vive também sob esse mantra de fluidez. Tem lugar aqui, via COLORS BERLIN. A produção soa como uma mistura de cartoon com r&b moderno. A letra fala de cores. "Blue and silver and pink, red are all the things we've said, and I'll die tonight in colors". Grey can't fade.

b. cool aid: "brwn"

Francisco Espregueira

Ahwlee & Pink Siifu join forces to create B. Cool Aid

Desde que "Cocoa" me subiu à cabeça, meses atrás, que andei convencido que este projeto, do duo Ahwlee e Siifu, iria resultar em algo de muito inovador. "Cocoa" tem pitadas de Outkast e Kendrick Lamar, as reebok drums de quem convive com MNDSGN e uma característica de blackness forte. O novo álbum, "BRWN", tem isso tudo também. Não estava errado.

we made this project for BRWN skin. to show appreciation, admiration, to embrace, and to understand a new perspective of what we all have seen, lived, or been raised up under. this is a mixture of all rooted flavors from diff blocks, going back to the roots of accession.BRWN.
— Pink Siifu

//

A minha favorita de "BRWN" segue em baixo. E eu para sul. Até já.

notas

Francisco Espregueira

//

Colaboração Sángo com VHOOR e JLZ. Com naturalidade. Bom, falamos de um dos produtores mais requisitados do mundo e de dois jovens brasileiros a produzir diariamente, na vanguarda do movimento favela trap. Resultado: "Pra Ela" é um sonho.

//

"Hoodrich Vol.3" da britânica IAMDDB é a afirmação de uma artista que vai ficando conhecida mundo fora. Estilo único, flow indescritível. O single, e ponto alto, do novo projecto chama-se "Shade". Keepin' it G'.

millennium jazz music - project canada: on the radar vol​.​1

Francisco Espregueira

"On The Radar" é uma série em produção. A Millenium Jazz Music, coletividade sem fronteiras, é quem a dirige. Datado de Outubro de 16', Project Canada é a primeira parcela do projeto. Cada uma destas foca em artistas de determinado país, e são canadianos os tipos que aqui demonstram o seu talento.

A segunda parte saiu há poucos dias. Aborda o maior ninho de jovens produtores destas ondas: a Alemanha. Mas para já e por que está na altura de pegar num cigarro pensativo e relaxar, a primeira de "On The Radar Vol.1" - "Brazze Séquence" de Téhu.  Depois, todas as outras calmamente.