playlist #84
Francisco Espregueira
Vibes para andar de carro de janela aberta. De cima para baixo. Entrando a acelerar e depois a fluir no ritmo. 20 minutos de refresh das últimas semanas. A #84 tem sete faixas.
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Vibes para andar de carro de janela aberta. De cima para baixo. Entrando a acelerar e depois a fluir no ritmo. 20 minutos de refresh das últimas semanas. A #84 tem sete faixas.
"Teal" é um projeto colaborativo de 3 artistas que no saudam do sul de Inglaterra. Benaddict - que acabou de lançar o seu primeiro LP a solo -, Slim & Ella Mae - que já se tinham associado numa compilação de Gilles Peterson - combinam talento e constroem juntos este LP de 12 faixas transbordando soul com tonalidades de jazz.
Acende-se um cigarro para fazer uma nota: este preview gera algo de muito emocionante no Sótão.
Editado pela Village Live Records, que vem ganhando força como uma das criativas coletividades na cena underground musical britânica, é mais um álbum de grande nível deste 2017. Com uma edição limitada a 300 cópias, já voou das prateleiras antes de lá ter chegado - sai a dia 28/08. Uma das últimas faixas do LP, "Teal", com o mesmo nome do álbum, é a primeira completa a ser lançada. Expectativa pelos próximos dias e por mais releases.
Slim orquestra o instrumental com produções de assinatura. Benaddict e Ella Mae dão-nos conteúdos e vozes do fundo das suas almas. Uma mix do próprio álbum, da autoria de Evil Ed, serve de provocação injusta. Em 11 minutos, fica a impressão de que não se pode esperar nem mais um segundo. Repletos de batidas profundas, linhas de baixo carregadas, melodias melancólicas, letras conscientes. Um amor à primeira vista.
Duo improvável. Algo de muito especial.
É já amanhã que sai em formato físico a nova experiência LP do duo Anti-Lilly & Phoniks. "It's Nice Outside" é o sucessor do aclamado "Stories From The Brass Section", e segue com vibes semelhantes e conteúdo lírico consciencioso e relevante. É mais um vinil a caminho da colecção do Sótão.
Ao longo dos últimos anos o emcee Anti-Lilly experienciou momentos de profunda depressão combinadas com a monotonia das rotinas '9-to-5'. Tentações das ruas e traições que o forçaram ao isolamento. Repletas de jazz, as batidas de Phoniks, são as telas onde pinta imagens vívidas da sua luta.
“it ain’t all good, but it’s all good, ask me how I am, I just say I’m a working in progress”
As 17 faixas vão contado essa história, ligando-as voicemails deixados pelos familiares e amigos de Anti-Lilly, que tentavam comunicar enquanto ele se fechava ao mundo. Ao longo de "It's Nice Outside" escuto o optimismo de quem admite os maus momentos. De quem não vê o mar mas consegue cheirá-lo. Como hoje à noite, que olhando pela janela só vejo neblina.
As highlights para já são "Nobody's Perfect" e tudo o que segue a partir da 12 até final. Amanhã serão outras, e outras depois. Normal em álbuns deste quilate.
Durante mais de uma década, o produtor e multi-intrumentalista Terrace Martin foi a ligação do jazz da costa oeste americana com o seu hip hop. O "missing link" entre artistas como Kendrick Lamar (para quem trabalhou em inúmeras músicas) e Snoop Dogg com outros como Robert Glasper. "The Sounds of Crenshaw Vol. 1" é nos introduzido por ele. E traz uma das faixas do momento.
"Intentions" é a perfeição de um churrasco ou de uma festa. É um hit com força, impossível de não disfrutar. Chachi faz o seu rap com uma suavidade e uma onda difícil de bater. O vídeo é a representação de tudo isto.
“don’t mind my bad intentions...
but you have my attention”
"Sounds Of Crenshaw Vol. 1" vai sendo descoberto agora. Nos campos do Jazz, do R&B e do Neo Soul com colaborações fortíssimas, ou não fosse ele, Terrace Martin, uma grande colaboração em tantos outros projetos.
Wayne Snow, FKJ, Darius e Crayon formam The Nightbirds. A voz de Snow acompanhado pelas ideias musicais do trio francês que a ele se junta numa sessão de noite da qual resultaram três faixas e um estado de espírito transversal a estas.
Patrocinado pela editora, também ela francesa, Roche Musique, a gravação decorreu num ambiente de improvisação. A esta primeira experimentação, devem se seguir outras, quiçá trazendo outros artistas da mesma linha.
A lista das três, que compõem a primeira sessão noturna deste supergrupo para audição, está em baixo. O vídeo em cima, sublime, conta a história deste encontro. E a banda sonora está corrida e sem pausas... A voz de Snow parece vir do fundo do túnel, construido pelo trio de franceses.
Play. Som de baixa fidelidade nas colunas. Som de marca deste tipo. A assinatura diz ntourage. Horas tardias e sós.
Asal Hazel é um novo nome que surge hoje à noite. Voz bem no estilo R&B americano. Qualidade no intrumental que define todo um mood. Mndsgn é um dos produtores do momento.
Para fechar antes de sair para os sonhos, toquezinhos vindos do Brasil. Novamente a baixa fidelidade e as batidas em loops hipnotizantes.
on the atlas, the world awaits...
"Pós-Oceano" é um pequeno EP de quase oito minutos de crítica social ao contexto brasileiro e faveleiro. "Pós-Oceano" é uma pequena história com curtas gravações de um dia como outro qualquer nesse contexto e nessa realidade. "Pós-Oceano" é uma viagem pelo Atlântico para uma realidade que não conheço, que está alojada no meu imaginário, fruto do cinema e da música. De lá. "Pós-Oceano".
A viagem abre, conceptualmente, em "Engenho da Rainha", versão alternativa à faixa com o mesmo nome do último álbum de Sángo. Ele próprio trata da percurssão nessa. "Pra Sempre" fecha, mantendo a herança e os toques de ritmos e baixo.
Carlos é um dos mais talentosos e visionários produtores que já passaram por aqui no Sótão. A percepção da sua própria cultura, aqui retratada.
“Após o oceano, você é livre.
Continue nadando contra a maré.
/////
Não irei vender,
ninguém no mundo pode pagar o preço que nossa cultura vale.”
Tranquilidade domingueira em sete. O caminho para o bem, se é que me faço entender. Tudo começa aqui.
Depois, novidades com o projeto de Maxwell Owin & Joe Armon-Jones a ganhar forma nos ouvintes - muita curiosidade acerca do que vem aí - e o bom novo hip hop em "Cocoa" da dupla Ahwlee & Pink Siifu, os B. Cool-Aid.
Remix de "In The Morning" de J. Cole e Drake feito por nikobeats, seguido de uma das faixas do excelente "Rodalquillar" de Bluestaeb - "Tomorrow We Will Love Again". Para acabar VHOOR ao contrário. ROOVH, com "Moído" tropicaliza a cena.
✌
O debut de Remulak no nível de LP's é impressionante. "Earth" esteve um longo período em produção e foi dado a conhecer ao mundo em Junho deste ano. Para a promoção do álbum - e uma das principais fontes deste blog - muito ajudou o fantástico canal no Youtube: ProvocativeEducative!
Uma sensação de nostalgia desde o primeiro momento em que toca, ajustada à capa do LP, com Remulak em criança no início dos anos 80' vestido de astronauta. "On The Atlas", quarta faixa, é uma viagem de loops e jazz's com a batida de hip hop a seguir, hipnotizando. Influências dos maiores, presente.
Ideias transmitidas por sons e versatilidade, com variância de mood nas 14 músicas que compõem "Earth". Remulak flui por momentos funky, outros emotivos, uns mais escuros e pensativos, mantendo uma linha identificadora ao longo de todo o LP.
Como é habitual para estes diamantes raros, a edição limitada a poucas centenas de exemplares, voou. Aguardo por re-release. E por colocar o vinil com cuidado no leitor e deixar tocar. Aqui fica o stream por inteiro, se quiserem acompanhar.
Rob Glassett, aka FOLD, solta três ondas cheias de infusões em jazz, no seu novo EP "Doin' Bits". Este fim de semana foi possível escutar aquela que quiçá nos ficará mais na memória. "Knickerbocker Ave", é a segunda e segue com uns ritmos só possíveis sonhos ou escapatórias da realidade no dia-a-dia. A voz de Common em "I Used To Love H.E.R." diz:
“She had so much soul...
She hit me in the heart
She had so much soul...
Boy, I tell ya, I miss her”
play.
O release vem na editora britânica "Shall Not Fade" com uma colaboração de luxo: Frits Wentink que mixa a homónima da compilação: "Doin' Bits". Sonhos. O EP, com data de lançamento para 17 deste mês, junta quatro faixas e mistura momentos jazzy e sentimentais, melhor apreciados numa pista de dança. O seu preview antevê um Agosto melhor.
When you see somethin' ill... you know what I mean... that shit is woow
Batida de "93 til' Infinity" dos Souls of Mischief. Todas as rimas com o woow carregado no final. Homenagem em cru! purpan. - more or less. (x smuv.)
Puxando pelo baixo das colunas. eu-IV trabalha com a voz de Devin The Dude em "What a Job" e dá-lhe toques de jazz. eu-IV - Whatajob
Avançando por sons mais suaves e doces. Hip hop Instrumental de qualidade descoberto durante a semana. Para escutar no meio das rotinas diárias. AJMW - Canvas
✌
O último elemento da trilogia desenhada com lançamentos marcados para 28 de Julho: Ross From Friends é o fecho com chave d'ouro. "The Outsiders" é o seu último trabalho, editado pela Magicwire. A expectativa criada por tudo o que faz desde "You'll Understand", coloca-o como um dos nomes do seu género musical que mais destaque teve durante o último ano. Justificado. Tanto por fãs como por parceiros criativos. Um prodígio.
"The Outsiders", que foi lançado fisicamente hoje e que deverá ser lançado aos poucos no online (costuma ser ao contrário), será o seu trabalho mais pensado e "livre". Os seus live sets ecléticos, demonstram um range musical e de influências alargado e isso estará presente aqui. A segunda faixa é um dos pontos altos - já deu para perceber que a quebra em "D1RT BOX" é maravilhosa. E eu gosto de quebras.
Hoje foi dia de "Suzinak", penúltima track do trabalho. Bem sombria, com viagem e guitarras distantes. Batidas a cair como gotas de chuva grossas. Em baixo.
Dia 26 de Julho é amanhã. No Base a marca de biquinis Oiôba, em parceria com a nossa conhecida editora portuense XXIII, apresenta Baile Maracujália.
Por dentro do movimento, O Sótão, terá o prazer de estar presente e curtir nas ondas de Petit Piment, SHAKA LION e NOIA. Lembranças de todos eles na minha biblioteca sonora. BENT é novidade!
Mas antes lembro-me de ficar encantado com o posicionamento da marca Oiôba. Lembro-me deste vídeo:
Petit Piment vem de França com sotaque português abrasileirado. Lembro-me também quando me passou uma tracklist de uma das suas mix's... Doçura, com música carregada de sensualidade. A tal da Malandragem Suave.
Lembro-me de SHAKA me apresentar ao Sángo... gigante do movimento. Lembro-me do seu set em Lisboa e de entrar na sala e ouvir NxWorries. Boa onda. Poder. E sensualidade, claro, sobrevoando a quem baila. Mestre.
E NOIA, em casa, na sua cidade. Quantas vezes já não viciei em reposts seus no Soundcloud. Provavelmente possuidora de uma das maiores audiotecas dos ritmos nesta onda. Melhor escolha? Impossível. Idealista: a XXIII é, também, sua.
E BENT. Lembro-me de há poucos instantes a XXIII me mostrar BENT. Faixa. Sángo & Waldo. "Out". Jay-Z. "99 Problems". Conquistado. A voar do work para te ver também.
Vai ser muito baile. Muito Ritmo. Muito Baixo. E eu vou estar lá tipo "Sábio do Barraco".
PS: obrigado Sansai. Este som é da hora.
Primeiro, a bela "Claudi".
Depois a continuação da semana que acabou, com "The Feels", incluído no upcoming e aguardado "It Ain't Easy" de Hidden Spheres. Anthony Fade teve um magnífico release no mês passado, trazendo duas para esta lista, que se complementam: "What I Need" e "Brick Street".
Segue-se Leon Vynehall com um clássico. "This is The Place" é intemporal. "Say Yes" de Deejay Astral é uma homenagem justa ao clássico com o mesmo das Floetry. Por fim, a nova do mágico Ross From Friends - novidades seguem-se para os seus lados.
Novo álbum, "Every Eye" sai dia 29/09. Não podia estar mais impaciente depois deste teaser, Master Ave.
“Fast forward. Mndsgn on that fast forward. DJ Harrison on that fast forward. Ivan Ave on that fast forward.”
House & Plants: o belo género com que Hidden Spheres classifica o seu EP, "It Ain't Easy". E é assim que soam estas faixas. A segunda parte da trilogia das quintas feiras de Julho, recebe um dos habitués do Sótão. Dia 28 é também dia desta release.
Depois de dois grandes sucessos ("Waiting" e "By & Bye") lançados pela britânica Distant Hawaii, Hidden Spheres transfere-se para a editora mãe: a Lobster Theremin. "It Ain't Easy" contém quatro faixas de derreter corações, mantendo-se fiel à sua marca de suavidades sonoras.
A abertura do EP define o mood impondo um ritmo profundamente meditativo. Os padrões naturais da batida são cruzados por melodias e vozes relaxantes, enquanto o sol desliza a linha do horizonte. Curiosidade enorme acerca da segunda faixa... ainda não lançada mas com os seus perfumes no preview do EP. Soa a uma casa com muitas plantas. House & Plants.
A Touching Bass, de que já falamos aqui, junta músicos inspiradores baseados em Londres. Lançou um belo projecto com o nome de "Afro Chronicles: Volume One". "Babylon 1980", de Melo-Zed, é a faixa que abre a mixtape, iluminando almas.
Melancolia de início. Letra bela de Biig Piig e a triste batida de "rua das flores" de Konteks.
Depois as ondas de baixa fidelidade nas produções de eu-IV e do feitiçeiro Knxwledge. Outros tempos, outros mandamentos sonoros nestas duas. Jay Z, na sua Golden Era, a dar uns toques no "Return to the Golden Era" de Awon & Phoniks, álbum habitual por aqui.
Mais baixos e upbeat's com a entrada da noite. Unda de Sango, sempre o acompanharemos. Depois de "Mona Lisa", a nova de Joey Bada$$ - "500 Benz" é produzido por Statik Selektah e isso basta-me para saber que o play valerá a pena.
"Linguistics" é para ouvir mais tarde. A outras rotações e com acompanhamentos.