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Webmagazine and record label on underground house music & contemporary jazz. We're about music released by independent artists and labels.

Content

Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

playlist #77

Francisco Espregueira

Nas ondas habituais. Hip Hop de pés e cabeça, repleto de flow e novidades. Buddy reaparece no Sótão com o seu hit "Shine". Menos conhecidos, foi um prazer em conhecer os britânicos IAMDDB e Black Josh, prazer  também em ir mais a fundo sobre Reva DeVito... atraente. Atração quando entra a voz de Racella em "sweet life" do anónimo Matt Deguia.

E para acabar uma das novas faixa de OZADYA - incluídas em OZ2 -  que cumpre desejos mais tropicais.

Boa semana...

buddy & kaytranada: "ocean & montana"

Francisco Espregueira

Abusado, Buddy junta-se ao mágico Kaytranada para lançar "Ocean & Montana", pequeno EP de cinco faixas que puxa pelos pontos fortes de cada um. E cheia de picante - bem ao estilo de GoldLink -, flui a voz de Buddy sobre os ritmos tão característico de Kaytra....

"Ocean" corresponderá a Compton, em sunny LA, berço de tantos e tantos mestres do hip hop e berço de Buddy. "Montana" a Montreal no Canada, origem do produtor do ano, que tem projetos com nomes como Pharell em vista. E quando ele era só conhecido no Soundcloud? Já foi assim há tanto tempo? Não, não foi. E Buddy, depois deste EP, depois de "Shine" também, para lá caminha. Assisto a tudo em posição privilegiada.

"Ocean & Montana" é um projeto que não necessita de intervenção exterior. Os dois complementam-se, rebentando colunas em cinco faixas. Ou melhor, quatro... já que "World of Wonders" acalma um pouco a cena, parecendo mesmo estar fora do contexto deste EP.

Escutar o resto, significa acelerar rumo ao perigo de sorriso rasgado. Louco... fantástico.

joyce wrice : "good morning"

Francisco Espregueira

Não me lembro muito bem dos anos 90'. Soará a algo como "Good Morning" da linda Joyce Wrice, cuja cassete já encomendei. Sim, cassete. E o som que sairá de lá será de tão baixa fidelidade, que me trará flashbacks de tempos em que a MTV ainda tocava clips de R&B e a Ecko era a marca de streetwear mais popular mundo fora.

"Good Morning" é um verdadeiro hit. E Joyce, um amor... Após "Rocket Science", em colaboração com Kay Franklin e uns EP's produzidos pelo mágico Mndsgn, "Good Morning" é a música que a levará ao estrelato. Tiques de Brandy e Aaliyah, uma letra sexy.... e uma voz sublime. Para a produção, a cargo de Jamma-Dee, não encontro fieis adjectivos.

A cassete inclui várias versões da faixa, com destaque para os remixes de Benedek e de Mndsgn, cada um no seu estilo próprio. Sem fugirem a escapatória para outros tempos que a música representa. "Swarvy Redux" é doce... pausada, para que Joyce Wrice possa mostrar todo o seu talento. Doce talento...

Uma das músicas de 17' podia ser de 97':

7oclock in the morning
all I want you to do
is get on top of me

unda de sango : "fi-filé"

Francisco Espregueira

A coletividade suíça Boyoom Connective tem vindo ao longo dos últimos anos a lançar peças muito interessantes nas ondas do hip hop, com destaque para os vários EP's, colaborativos ou atítulo individual, da sua figura principal - Maloon TheBoom. O mais recente release da Boyoom introduz Unda de Sango. "Fi-Filé", o seu segundo EP, está altamente influenciado por texturas tropicais ao longo de seis faixas brilhantes.

Depois de inspirado por uns tempos passados nas Indías do Oeste Francesas, Unda de Sango, imerso na cultura, na língua e nas sonoridades crioulas esculpe "Fi-Filé", que joga com vários samples de música local e o hip hop e formas de soul modernas. Todo este EP pinta uma linda paisagem sonora que me leva para novos mundos. E é aí que reside a maior força de "Fi-Filé"... não está para todos os sons transmitir paisagens, né? Consegue-o, e eu vejo-as...

Excelente o complemento de Meemee Nelzy, cantora oriunda da ilha de Guadalupe, na segunda faixa - "Rété Konsa". Toques de magia feminina. "Fi-Filé", terceira do EP, é, no entanto, a peça chave... É nela que nos apercebemos que mergulhamos bem para dentro destas ilhas Atlânticas. E lá ficamos... até acabar em "Égotik" com as vozes por trás. Loucas. Crioulas.

Bónus em dois remixes bem conseguidos que terminam em beleza o projecto. Melodiesinfonie e o próprio Maloon TheBoom contribuem para um dos EP's mais surpreendentes que me chegou à audição este ano. "Fi-Filé", de Unda de Sango.

el g : "sabor fvls"

Francisco Espregueira

O nome do EP é auto-explicativo em termos sonoros. "Sabor FVLS", que compila produções feitas durante 2016, é a apresentação de El G, artista baseado em Berlim que já tem rodado algumas pistas bem pesadinhas Europa fora. Armadilhas improvisadas de favela. Favela Trap, pois.

Na verdade tem sido difícil passar das suas três primeiras faixas... indubitavelmente as que balançam mais forte no Sótão. Depois "Sabor FVLS" vai ficando cada vez mais pesado... Passado da cabeça, até que acaba com a doçura matreira daquele sample de "My Boo", tão bem tratado por quem o imaginou junto da loucura faveleira.

A lista, com quatro, contempla as predilectas de quem escreve esta crónica. De quem conhece como poucos estas rotações. Esse, que ainda fica surpreendido com os infindáveis momentos de tropicalidade do Baile Funk reinventado.

El G:

playlist #76

Francisco Espregueira


A #76 não começa na lista. Não há "Sister" de Rhymefest no soundcloud, fonte oficial de listas no Sótão. Mas esta tinha que estar na playlist deste fim-de-semana, definindo o tom do tipo hip hop que domina por hoje aqui.

Depois duas do brilhante álbum "Dephacation" da dupla Awon & Dephlow, um dos meus projetos favoritos dos últimos tempos. Segue-se "Magia" de Fredfades, que convida Chester Watson para as rimas. O produtor norueguês prepara o lançamento de "Warmth" para dia 2 de Junho. O britânico Barney Artist finaliza a mood deste momento com "Last Day", que tem a voz de Jordan Rakei a embelezar o flow que não lhe foge.

Mas não acabou. O ambiente transforma-se com Kyo-Ken, que me era totalmente desconhecido até hoje. "Most Beautiful Ride" exalta bons feelings... El G continua a ser escutado por aqui. Uma descoberta desta semana. A terceira faixa do seu EP "SABOR FVLS" chama-se "Midnight", que é a hora a que a oiço... já de luzes fechadas e com a mente a fugir-me para lá.


notas

Francisco Espregueira

Não há nada de muito profundo que se possa dizer quando se escuta estes ritmos. Eles sentem-se ou não se sentem. Cada um com cada qual. No Sótão, ao ritmo da percurssão, que bate e balança, sente-se até a chuva que cai nos dias de calor.

Segredado ao ouvido, El G, é um novo nome do género que fica anotado. O seu EP "SABOR FVLS" é fantástico. Como é que é possível só o ter escutado hoje?

Cardosu, é nome conhecido por esta altura. Revisito-o por vezes. "Remember?" é um grito de loucura em música. Maldade louca nesta, que foi feita para desviar dos caminhos do bem. O final acelerará em direcção a uma noite que não acaba.

Um dos melhores EP's do movimento Favela Trap é "Baile 61" de JLZ, outra cara que reaparece aqui. Lançada pela coletividade SOLTA, essa faixa "Gostosinho" promete levar-me pró inferno se a escuto regularmente. Fuck it. É assim.

playlist #75

Francisco Espregueira

Hip Hop. Mais e menos instrumental. Contribuições de quickly quickly, Summer Sons & Charlie Tappin, Fredfades e Barney Artist. As magníficas Ella Mae e Charlotte Dos Santos dão lhe o toque feminino. Essencial. Kojack's tropicaliza a cena no final. Completa.

A #75 está live!

charlotte dos santos

Francisco Espregueira

Para Charlotte Dos Santos, o simbolismo do seu novo single "Red Clay" está na moldabilidade de barro (Clay), e da sua fragilidade senão lhe é aplicado a devida técnica e toque. O propósito que Charlotte dá a esta linda faixa, é o propósito que ela deu a quem se dirige a canção. Como o barro, sem o seu toque não deve ser nada. E eu sem ela estaria pior também. O play, aqui em baixo.

Love is like the end of a rooftop
You seem to know to walk until you fall off

Norueguesa de nome brasileiro a viver em NY, prepara o seu primeiro EP para breve. Aguardo, seguro da substância do que vem aí.

Boa gente. Juntando-se por diversas vezes a pessoal da editora nórdica Mutual Intentions, que já aqui marcou presença tantas vezes. Fredfades produz "Watching You". Linda, uma vez mais. Bem vinda Charlotte. O palco do Sótão é pequeno mas fluis tão bem por esta divisão longínqua de tudo.

worth way : "signal's weak"

Francisco Espregueira

Da Austrália chega-nos Worth Way. Traz consigo, em "Signal's Weak", um universo de poesia acompanhado de ritmos e sonoridades dessa baixa fidelidade que tem um sabor tão específico. Imparcialidades à parte. Este é um dos sons do momento no Sótão... um dos favoritos.

O EP que aí vem é a terceira release da produtora The Other Planet que já veio aqui com o magnífico scissorwork há uns meses. Este TOP003 (nome de código) é criado a partir de viagens pelos territórios selvagens australianos, inspirado pelas emoções e conexões sentidas nesses cenários. A primeira, "Signal's Weak" está ancorada nisso. Colagens de percurssão lo-fi que bate e balança debaixo de umas vocals tão cativantes. O resultado é uma summer jam que tocará nos jardins ao fim da tarde. Ou então nas noites que já são dia.

O EP preparado para ser dado a conhecer ao mundo em Junho, tem quatro faixas. Os previews seguem no bloco de baixo, deixando-me numa espera impaciente.

The tracks reflect the physical and psychological catharsis that can be induced in a landscape that has seen minimal human activity.

playlist #74

Francisco Espregueira

Domingo dedicado ao equilibrio e à arte das batidas por minuto baixas. Baixas e preenchidas com baixos que serpenteam as sete faixas desta #74. Vozes de mulheres em bases de homens Pares e pares de histórias de amor em ritmos tão penetrantes.

Mais luz para estes nomes, mas não demasiada para que não saiam do seu contexto. E da mood que impõem.

s. fidelity : "a safe place to be naked"

Francisco Espregueira

“A Safe Place to Be Naked” é o debut do produtor alemão S. Fidelity que será colocado live no próximo dia 5 por uma das mais conceituadas editoras, que constatemente marca presença neste blog por via dos seus sublimes artistas: a Jakarta Records. Com 12 faixas, o álbum captura a busca incessante de S. Fidelity por novos sons, elaborados minunciosamente durante os últimos dois anos. Evoluindo dentro do seu estúdio improvisado numa cave em Berlim, tem lançado projetos colaborativos, nomeadamente "Sidekicks" com o seu comparsa Bluestaeb.

Juntando em "A Safe Place To Be Naked" artistas como Tru Thoughts, Harleighblu e o grande JuJu Rogers, a obra fala numa voz distinta... samplada, trabalhada... por vezes distorcida, acelerada ou abrandada, mas sempre presente.

Do Sótão pró infinito, com um cheirinho de S. Fidelity aqui em baixo:

notas

Francisco Espregueira

Dedicada aos aficionados de eletrónica edificante.

"Neighbourhood" de Siggatunez define o tom. O seu EP, com o mesmo nome, tem um estilo distinto que combina na perfeição sketches de samples com potentes batidas, notas de sintetizadores e sólidos fundamentos das baixas frequências do deep house.

Emoção progressiva construída passo a passo por Sacamano. "If You Wanted Me" é uma balada primaveril nas bases da faixa acima descrita. Traz para cima da mesa essa emoção que finalizaria em beleza noites, flings, relações, momentos... Ou entãoa memória de tudo isso em cinco minutos e meio. Melancolia.

Mas há mais. E esta é essencial. Loure - "In The Evenings" é abordada por Hidden Spheres com amor e sabedoria. A descrição de "Noire & Blanche", o EP onde se inclui esta faixa, retrata na perfeição o tom das presentes notas. Segue em baixo, junto com a música. Esta, que não tem voz, fala connosco.

"The beachfront was the place to hang as the sun dipped beneath the horizon. The shadowy figures were dotted in clusters up and down the pier as they smoked in the warm night air. In the evenings there was very little to do around these parts but drink and dance, perhaps move a little under the flickering spotlights of some sleazy nightclub. The summertime madness engulfed this place with a progressive sense of purity and freedom. Hedonism, decadence galore."

ol' burger beats : "mind games"

Francisco Espregueira

Norwegian producer and beat maker. Jazzy sample-based hip hop music.

Ole-Birger Neergård é Ol' Burger Beats. A descrição acima, simples e seca, não revela o talento do tipo. Mais um membro da colectividade Norueguesa, Mutual Intentions, que parece ter descoberto a pólvora. Nesta juntam-se nomes e gentes de classe como Ivan Ave, Fredfades, Yogisoul, entre outros. Fui sempre falando destes tipos ao longo dos dois anos de blog, e então nunca deixaria fugir este "Mind Games", que sairá para o infinito nas próximas semanas.

Ivan Ave na introdução que faz ao álbum diz coisas que me enchem. Fala deste trabalho desconcertante de um produtor que escuta os detalhes nas músicas, que se cultiva com coisas feitas muito antes de ter nascido, que busca nas prateleiras, que muda o vinil para o lado b... As perguntas sobre será que este beat encaixa nesta piano? Será que eu consigo juntar estes dois sons? Diz Ave, que o processo criativo certamente nos deixará de pé até tarde "considering… contemplating… calculating…". Lembrei-me da primeira música de "Pratica(mente)" de Sam The Kid...

"Após longas e repetidas noites de agitação,
o resultado surge... emergente
Esvai-se a permanente inquietação...
Entretanto, Sobretudo, Praticamente"

E é assim. De um momento para o outro o casamento perfeito dos elementos. De um momento para outro, a viagem pelo tempo de uma nota de piano tocada nos anos 50' que se junta a uma batida pensada ao pormenor por um produtor que percebeu aquilo tudo, antes de toda a gente. Esse produtor hoje é Ol' Burger Beats - criando com mestria a base onde nomes novos e conhecidos vão passar as suas palavras.

As três que se seguem para voçês, enquanto as escuto. Em modo replay e com a mão na consciência.

In the midst of these mind games that could never be true
If you really love yourself then you would tryin’ be you

playlist #73

Francisco Espregueira

Com uns dias de atraso, após problemas com o player do soundcloud. Teria que deixá-la ver a luz da lua que enche a noite. Hoje. Hoje, que a trovoada tropical irrompe.

Duas partes.

A primeira tem o formato habitual de 7 faixas. Quase 24 minutos daquilo que de melhor se faz nas sombras da ribalta. Estas músicas nunca foram feitas para tocar nas rádios e nunca lá chegarão. Tocarão nesses "sótãos" mundo fora.

Sylvan LaCue, Lou Phelps, BiigPiig, Talos - com a voz de Poppy Ajudha a dar sabor -, LEKAN, Fat Jon, Sansai. Na meia luz do Sótão, na meia luz da ribalta. Sem mais, nem menos.

A segunda parte do fim de semana foi dedicado por exclusivo a este momento sublime de Noname. As sessões acústicas da NPR têm mostrado muitos artistas e muitos momentos deliciosos. Este aponta directo ao coração.

Mind is racing
I’m inside my car
Opportunity gon’ take me far

Mind is racing
On this empty road
Waitin’ for my story to unfold

vhoor

Francisco Espregueira

Então bota dizendo que ama

Vítor Hugo, da linda cidade de Belo Horizonte, é VHOOR, um dos artistas da nova onda de sonoridades que reinventam o Baile Funk brasileiro que mais promete. Tudo é consistentemente maravilhoso nas suas produções - que vão aparecendo a um ritmo alucinante no soundcloud diretamente para as colunas do Sótão. Nos detalhes faz a diferença.

Variando entre as abordagens suaves e pesadas a este trap tropical, as suas faixas têm vindo a ganhar reputação na rede de artistas do género. Com a atenção que recai sobre VHOOR a crescer, chegou a altura de, no Sótão, o escutarmos.

As músicas selecionadas para a lista mostram este movimento no seu melhor. Nas batidas pesadas, nos ritmos tropicais, nas palavras explicítas.

O seu mais recente EP "Vilarinho", lançado pela coletividade SOLTA, mostra a versatilidade do seu reportório. Para escutar, aqui fica: VILARINHO

E mais VHOOR?